Você já ouviu falar sobre a Dor Musculoesquelética Idiopática (DMEI)? Essa é uma dor que aparece muito na pediatria, podendo estar relacionada a diversas doenças ou fazer parte da Síndrome de Dor Musculoesquelética Amplificada. É extremamente importante, por isso, entender os fatores que afetam a qualidade de vida de quem tem DMEI, dentre eles, a marcha em crianças e adolescentes com DMEI.
Nesse artigo escrito por mim, em co-autoria e colaboração de outros profissionais como Jamil Natour, Hilda Oliveira, Maria Teresa Terreri e Claudio Len, abordamos desde o conceito da DMEI, a como ela afeta a marcha (ou o caminhar) de crianças e adolescentes, a população atingida por essa dor.
Entenda mais lendo o resumo do artigo.
MARCHA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DMEI
Introdução: A Dor Musculoesquelética Idiopática é uma queixa constante na prática pediátrica. A dor pode estar relacionada a um número de doenças orgânicas e/ou fazer parte das síndromes de dor musculoesquelética amplificada. A Dor Musculoesquelética Idiopática (DMEI) é definida como a presença de dor intermitente em três ou mais regiões do corpo por pelo menos três meses, excluindo doenças orgânicas que pudessem explicar os sintomas.
Objetivo: Estudar a marcha de crianças e adolescentes com IMSP pela baropodometria dinâmica.
Metodologia: Trinta e dois pacientes com DMEI e 32 pacientes controle saudáveis, pareados por idade, sexo, classe social e índice de massa corporal (IMC) foram inscritos. Todos foram avaliados quanto à intensidade da dor através da escala visual analógica (EVA) e avaliação da marcha usando baropodometria dinâmica.
Resultados: A média de idade do grupo com DMEI foi de 13,6 anos (DP = 2,1, intervalo 9,8–16,9) e do grupo controle foi de 13,5 anos (DP = 2,0, intervalo 9,6–16,5). A escala média de dor foi de 5,4 cm no grupo com DMEI e 0 cm no grupo controle (p < 0,001). Na marcha, a velocidade média do pé direito do grupo com DMEI foi significativamente menor (p = 0,034), o tempo do passo do grupo com DMEI foi significativamente maior (p = 0,003) e o ritmo do grupo com DMEI foi significativamente menor (p = 0,001).
Conclusão: Em nosso estudo observamos diferenças entre a marcha de crianças com DMEI e pacientes controle saudáveis de acordo com a baropodometria dinâmica. Esse achado indica a necessidade de atenção individualizada para a marcha das crianças com dores musculoesqueléticas.
Leia o artigo na íntegra clicando abaixo:
Artigo sobre Marcha em crianças e adolescentes com dor musculoesquelética idiopática
Dúvidas sobre o artigo? Deixe aqui nos comentários.